para lá da boa esperança
19 abril 2013
28 junho 2012
2ª comissão
Talvez a expressão já não se use, mas sinto-a assim, conotações
e tudo.
Vão ser mais dois anos, que aqui estrangeiro que não me
sinto está limitado a contratos dessa duração, sem renovação. Vão ser mais dois
anos, bem diferentes dos primeiros dois, que desta vez nada de vida fácil, já
que o trabalho que tenho pela frente é suficiente para 20 anos, que eu já não
tenho.
Sim, estou a gostar, das gentes, das paisagens, dos locais e
da gastronomia: o que faz com que a 2ª não seja apenas para não dizer “don’t
cry for me Laurentina”.
11 dezembro 2011
07 dezembro 2011
rumo a Sul
Da cidade ao extremo sul do país são apenas uma centena de quilómetros, que se percorrem calmamente em 3 horas. Já tínhamos ido para aqueles lados, mas a descoberta de um site que anunciava um resort recentemente inaugurado fez com que quiséssemos repetir a viagem.
Desta vez, por causa de um pontão que se afundou no ancoradouro da Catembe, foi necessário fazer o trajecto totalmente por estrada, o que acrescentou uns 60 km ao percurso.
Depois, era só ir até ao quarto. E ficar de boca aberta, quer olhando para dentro (1) (2), quer olhando para fora. O resort é constituído por 22 quartos/casas, harmoniosamente dispostas na encosta virada a nascente, com o mar pela frente. Cada uma delas dista uns 15 metros da próxima, o que confere um grau razoável de privacidade à estadia.
Ah, é verdade, faltava falar desta piscina, só para nós...
Depois de finalmente nos deixarem em paz, pudemos ir apreciar a praia, vazia, tomar banho a uma temperatura agradável e, ao pôr do Sol, jantar. Como estava bom tempo, decidiram que os hóspedes gostariam mais de um braai na praia e trataram de colocar as mesas lá fora, na areia, acender as brasas e atirar com um deliciosos pedaços de carne, peixe e marisco para cima da grelha. Não me queixei, embora não tivesse constituído uma refeição memorável.
O dia seguinte começou cedo, na nossa piscina, seguido de generoso mata-bicho, em que the sky was the limit: claro que exagerei. Check-out, praia até às 15h e rumar a casa, que à noite não se conseguem ver os buracos na "estrada".
Algumas fotos foram propositadamente ocultadas, por causa de eventuais leitores mais sensíveis a imagens demasiado agradáveis.
29 novembro 2011
na estrada
Sábado passado, uma viatura vinda de uma rua perpendicular àquela em que eu circulava, passou um sinal vermelho e não me deu tempo para parar, provocando alguns danos materiais e muitos contratempos. O principal contratempo do incidente (nem acidente lhe posso chamar) deve-se ao facto de o outro condutor não estar segurado e ter agora que suportar os danos do bolso dele - vamos ver como, a reparação deve orçar nuns 2 anos de um salário pouco generoso...
Este episódio, aliado àquele ocorrido há umas semanas, em que constatei na primeira pessoa que assistência em estrada apenas existe em self-service, fez com que me apetecesse fotografar o carro e dissertar sobre o assunto.
Sexta-feira passada, ao final da tarde, estive reunido com o condutor deste carro, um promissor jovem profissional de talvez 24 anos.
Nesta terra, é fundamental não ter avarias nem indicentes. E, muito menos, acidentes.
RIP Aly.
21 novembro 2011
devagar - part IV
Para que possa ser feito o seguro das instalações, a seguradora quer saber a área a segurar – em m2. Como a planta existente não é exaustiva, pedi aqui à Graciete para medir a sala não constante da planta. Receoso dos habituais enganos e faltas de entendimento sobre o objectivo de tarefas simples, completei o “Preciso de saber a área da sala lá de trás” com um mais exemplificativo “Pegas na fita e medes da porta até à parede lá de trás; depois, medes da parede do lado esquerdo até à parede do lado direito”, pensando que desse modo mais dificilmente iria ter problemas com o resultado.
Volvidos talvez 5 minutos, a Graciete estava de volta com as medidas. “Da porta até lá atrás são 500; da parede da esquerda até à parede da direita são 500” – a fita é em cm, pelo que entendi a medida. Preparava-me para tomar nota e informar a seguradora em conformidade quando ela acrescenta “mas da parede da esquerda até à parede da direita não são 500”. “Não são 500? Então?”, digo eu, ao que ela me retribui “São 500 e mais um palmo”.
Depois da gargalhada quase geral, em que a própria Graciete participou, perguntei em tom jocoso se o palmo era dela, ao que ela responde “Não, por acaso era do Celso, que era quem estava do outro lado da fita”, preparando-se para o chamar para lhe medirmos o palmo e tornar rigorosa a medida.
Até hoje, não cheguei a entender se os “500 e mais um palmo” se ficou a dever a uma falha no conhecimento da utilização de uma fita métrica de 5 m para medir uma distância superior à dimensão da fita (possível, mesmo frequentando ela o 2º ano de engenharia), ou se à tradição, local e pessoal (dela) em fazer as coisas sem esforço. Ou então sou mesmo eu quem anda muito depressa…
ressano garcia
Na Europa, que hoje tanto se discute, estamos habituados a viajar entre países sem qualquer tipo de preocupação ou limitação; aqui, tal como num passado europeu não assim tão distante, temos que dar contas ao estado sobre de onde, quanto tempo e para onde, não podendo os visitantes permanecer no país mais do que 30 dias consecutivos. Esta realidade obrigou a mais uma deslocação à África do Sul, apenas para cumprimento dessa formalidade.
Uma vez atravessada a fronteira e a bem das aparências (as travessias de fronteira devem ter outra finalidade teórica que não o visto), decidimo-nos por permanecer do outro lado durante cerca de uma hora, e mesmo não sendo complicado ter uma permanência mais curta que aquele minuto que dispendi há coisa de um ano, foi a única vez que atravessei uma fronteira apenas para ir a um restaurante de fast-food - um KFC à moda local, com molho picante.
No regresso, o primeiro funcionário embirrou com a quantidade de vistos de um dos passaportes, o que nos deixou apreensivos quanto à possibilidade de reentrada e sem qualquer motivo para sorrisos - pelo menos até à chegada de um chefe de semblante austero, cuja placa de identificação quase nos fez desmanchar a rir. Mas a cara de poucos amigos revelou-se enganadora, já que o chefe Tototo emitiu novos vistos sem levantar qualquer tipo de objecções.
(não, não me recordo do primeiro nome dele - como poderia?)
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